Lutador usou técnicas de Muay Thai e Jiu-Jitsu para imobilizar pitbulls durante ataque em MS
Ataque aconteceu na manhã de domingo (29). Professor de Muay Thai conseguiu imobilizar os cães, após cerca de cinco minutos de luta. Lutador de Muay Thai é ...

Ataque aconteceu na manhã de domingo (29). Professor de Muay Thai conseguiu imobilizar os cães, após cerca de cinco minutos de luta. Lutador de Muay Thai é atacado e imobiliza dois pitbulls em MS Ele contou ainda que sente que foi testado mentalmente, pois esteve raciocinando o tempo todo, tanto que quando viu que a técnica não estava adiantando, tentou usar o que aprendeu com videoaulas sobre defesa contra ataque de cães. O lutador Ernesto Chaves, de 33 anos, que viralizou após imobilizar dois pitbulls durante ataque em Ponta Porã (MS), explicou que tentou utilizar diversas técnicas das artes marciais para conter os animais. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Ele foi atacado enquanto corria na manhã de domingo (29), e conseguiu imobilizar os cães, após cerca de cinco minutos de luta. A situação foi registrada em vídeo. Ernesto explicou ao g1 que tem 13 anos de experiência em artes marciais. Ele é professor de Muay Thai e também treina Jiu-Jitsu. Além disso, já havia assistido videoaulas sobre defesa contra ataque de cães. Segundo o professor, a luta traz uma certa coragem e frieza como característica, e foi dessas duas artes marciais que ele utilizou técnicas para conseguir se defender. “Primeiro, claro, usei as minhas técnicas de luta do Muay Thai. Tentei chutar, tentei golpear com as mãos, mas chegou uma hora que senti que não adiantava. O pitbull é muito forte. Eu vi vários vídeos de pessoas dando paulada, cadeirada, jogando banco em cima do cachorro e o cão não solta. Isso tudo veio na minha mente na hora”, lembrou. LEIA MAIS: VÍDEO: Lutador de Muay Thai é atacado, derrubado e imobiliza dois pitbulls em MS 'São extremamente fortes', diz professor de Muay Thai que imobilizou pitbulls ao ser atacado em MS Pitbulls que atacaram professor de Muay Thai eram usados como 'seguranças' de obra Ele contou ainda que sente que foi testado mentalmente, pois esteve raciocinando o tempo todo, tanto que, quando viu que a técnica não estava adiantando, tentou usar o que aprendeu com videoaulas sobre defesa contra ataque de cães. “Vi que tinha que jogar os braços para frente, porque o cachorro quando pega, não solta mais, então eu tinha medo que ele pegasse minha perna e acertasse alguma artéria e eu morreria ali sangrando”, disse. Para isso, ele esticou os braços na altura do rosto, pois um dos animais tentava mordê-lo no pescoço, mas a técnica não funcionou. Ele foi mordido na perna e derrubado. Nesse momento, passou a tentar segurá-los pela coleira para contê-los no pescoço e imobilizá-los. “Aí lembrei de outra técnica, dessa vez do Jiu-Jitsu, que era a questão do asfixiamento, que é você pegar o pescoço do cachorro, porque ele não vai parar, só se você deixar ele sem ar. Não, no intuito de matá-lo, mas eu queria realmente controlá-lo e isso é uma das técnicas”, explicou. Ernesto deixou claro que não é graduado no Jiu-Jitsu, mas sempre treinou a luta e aprendeu a pesar o corpo, colocar pressão. “No caso, a minha pressão estava em cima do pescoço deles, voltando a reforçar não com a ideia de machucá-los ou matá-los, mas com a ideia de imobilizá-los”. Acima de tudo, o professor afirma que manter a calma é a primeira técnica usada para qualquer que seja a arte marcial, pois, por mais difícil que seja o momento, ajuda a pensar em como sair da situação e o que fazer para se defender. Ernesto usou técnicas do Muay Thai e Jiu-Jitsu para imobilizar dois pitbulls diurante ataque em MS Reprodução O que diz o tutor dos animais O empresário Nerival Silva Menezes, tutor dos animais, relatou que os cães foram soltos por usuários de drogas que rondam o terreno para furtar materiais de construção. A Polícia Civil investiga se a versão do homem é a que realmente aconteceu. "Elas não escaparam, foram soltas por usuários de drogas que queriam entrar no local para roubar. Eles estavam rondando para roubar de novo e não conseguiam entrar por causa das cachorras, provavelmente eles foram lá, abriram o portão para as cachorras sair e eles entrarem". Conforme informado pela delegada que investiga o caso, Elisângela Cristaldo, logo após o ataque os animais foram recolhidos para a casa do tutor. “Os cães ficam com ele porque não temos local. A prefeitura não tem CCZ [Centro de Controle de Zoonoses], não tem local para ficar. Eles são vacinados, estão todos corretos”, explicou. De acordo com o tutor dos animais, o local onde as cadelas são mantidas teve a estrutura reforçada. "Os cachorros estão no mesmo local, presos. Reforcei a tranca do portão, estão bem alimentados. Já conversei com o Ernesto, prestei toda ajuda necessária". O caso segue em investigação e o tutor dos animais responderá por omissão de cautela na guarda ou condução animais, que é considerada como um crime de menor potencial ofensivo. Portanto, o homem pode assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), documento que registra a ocorrência. Pitbulls que atacaram professor de Muay Thai faziam segurança de terreno de obra Ataque e pitbulls imobilizados Ernesto fazia um treino de corrida quando foi surpreendido pelos cães. A princípio, achou que os cães queriam brincar. A vítima foi encaminhada ao hospital com diversos ferimentos, entre eles, uma mordida na perna e um dedo da mão, quebrado. “Quando percebi que eles estavam me atacando, eu tentei sair. Sou um cara treinado, da área do Muay Thai, treino Jiu-Jitsu também, já vi algumas coisas de defesa a ataques de cães, mas eu achei que ia morrer, de verdade. Eles são extremamente fortes, achei que não ia aguentar”, explicou. Praticante das artes marciais há 13 anos, Ernesto utilizou de seus conhecimentos em defesa pessoal para se proteger. Foram cerca de cinco minutos até conseguir imobilizá-los. Em seguida, outras pessoas o ajudaram com cordas para amarrar as cadelas. Logo depois chegaram as equipes da polícia e do Corpo de Bombeiros. “Minha esposa caminha ali. Tem uma creche a 200 metros [do local do ataque]. Imagina se pega outra pessoa despreparada, é morte na certa”, afirmou. Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: